Parvovirose canina – Canine Parvovirus tipo 2 (CPV-2)

Parvovírus em cães: O que é, sinais e tratamento
        A parvovirose canina é causada pelo Canine Parvovirus tipo 2 (CPV-2), um parvovírus pertencente à família Parvoviridae. Este vírus de DNA de fita simples, por sua vez, apresenta uma alta estabilidade ambiental, o que faz com que se mantenha infeccioso em superfícies por meses. Além disso, o CPV-2 é altamente resistente a muitos desinfetantes comuns, o que dificulta a sua erradicação em ambientes contaminados. Em termos de patogenicidade, o CPV-2 possui tropismo por células de alta taxa mitótica, como as da cripta intestinal e da medula óssea. Como resultado, o vírus causa quadros de enterite severa e imunossupressão, contribuindo para a gravidade da doença.

O CPV-2 é amplamente distribuído e pode ser transmitido:

 

  • Fecal-oral, através da ingestão de partículas virais presentes em fezes infectadas;          Parvovirose canina: o que é, sinais e tratamento | Petlove
  • Fômites, como roupas, calçados, utensílios e equipamentos contaminados;
  • Ambientes altamente contaminados, onde o vírus pode sobreviver por meses.

  A doença acomete predominantemente filhotes entre 6 semanas e 6 meses, especialmente aqueles não vacinados ou com falha na imunização passiva.

Os sinais clínicos mais observados incluem:

      • Diarreia hemorrágica profusa, frequentemente acompanhada de odor fétido característico;                            PARVOVIROSE CANINA
      • Vômitos persistentes, juntamente com a diarreia leva a uma desidratação severa;
      • Leucopenia intensa, geralmente associada à neutropenia e linfopenia;
      • Hipoglicemia e distúrbios eletrolíticos (hipocalemia, hiponatremia);
      • Em casos raros, miocardite em neonatos infectados in utero ou durante as primeiras semanas de vida.

     

         O prognóstico é reservado a grave em casos não tratados. Com manejo intensivo, as taxas de sobrevivência podem ultrapassar 80%. A resposta clínica depende da idade, estado imunológico, e gravidade da infecção inicial.

          A vacinação continua sendo a ferramenta mais eficaz de controle, devendo ser iniciada a partir das 6-8 semanas de idade, com reforços regulares até os 4 meses e manutenção periódica em cães adultos.

A conscientização sobre protocolos de higiene e isolamento rigoroso em ambientes hospitalares é essencial para prevenir surtos e a disseminação do CPV-2.

Recomendações gerais para introdução de outro animal no ambiene que foi contaminado:

Certifique-se de que o novo animal esteja totalmente vacinado contra o CPV-2 (incluindo a série completa de vacinas e reforço após 16 semanas de idade).

Prefira introduzir animais com esquema vacinal completo e, idealmente, adultos ou filhotes com imunidade já estabelecida.

  • Período de espera:

Recomenda-se aguardar pelo menos 6 meses antes de introduzir um novo animal, mesmo após uma higienização rigorosa.

Em casos onde não é possível aguardar, priorize a vacinação adequada do novo animal e mantenha supervisão rigorosa.

  • Testes no ambiente:

Testes ambientais para detecção de CPV-2 são uma alternativa para determinar se o vírus ainda está presente em locais críticos, embora não sejam amplamente disponíveis na prática clínica.

O CPV-2 é resistente à maioria dos desinfetantes comuns, mas existem produtos específicos que podem inativá-lo com eficácia:

  • Hipoclorito de sódio (água sanitária):

            – Diluição recomendada: 1 parte de água sanitária para 32 partes de água (solução a 1% de cloro ativo).

           – Tempo de contato: mínimo de 10 minutos.

           – Indicado para superfícies não porosas, como pisos de azulejo, cerâmica ou concreto.

  • Peróxido de hidrogênio acelerado:

           – Alta eficácia contra o CPV-2 e seguro para uso em clínicas e ambientes domésticos.

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  • Desinfetantes à base de quaternários de amônio:

         – Alguns produtos de alta concentração, combinados com compostos adicionais, têm eficácia contra o CPV-2 (verificar rótulo e especificações).

         – Exemplos: Herbalvet ou desinfetantes veterinários certificados.

  • Cal virgem (óxido de cálcio):

            –  Útil para desinfecção de áreas externas, como quintais e solo contaminado.

            – Aplicação deve ser feita com cuidado devido à sua toxicidade em animais e humanos.

Como é feito o tratamento?

         O tratamento da parvovirose não elimina o vírus diretamente, mas ajuda o cão a se recuperar enquanto o corpo combate a infecção. Ele precisa ser feito em uma clínica ou hospital veterinário.

  • Hidratação:

         O vírus causa vômitos e diarreia intensos, deixando o cão desidratado.

         Os veterinários aplicam soro na veia para repor os líquidos e os minerais perdidos. Conheça os tratamentos para parvovirose canina | Artmed

  • Controle de vômitos e diarreia:

         Os veterinários utilizam medicamentos para reduzir os vômitos e evitar que o cão perca ainda mais líquidos. Se necessário, também administram remédios para proteger o estômago e o intestino.

  • Antibióticos:

         Embora o vírus não seja tratado com antibióticos, eles são usados para prevenir ou tratar infecções que podem surgir devido à fraqueza do sistema imunológico.

  • Nutrição:

         Quando o cão para de vomitar, é importante oferecer alimentos leves e fáceis de digerir para ajudar na recuperação.

         Em alguns casos, o veterinário pode recomendar alimentação por sonda.

  • Isolamento:

        Mantenha o cão infectado separado de outros animais, pois a doença é altamente contagiosa.

Quanto tempo leva para o cão melhorar?

         A recuperação varia de acordo com a gravidade do caso, mas normalmente leva de 5 a 10 dias com o tratamento adequado. O apoio veterinário é fundamental, pois a chance de sobrevivência aumenta muito com atendimento médico.

         A parvovirose representa uma doença séria, mas os tratamentos existentes ajudam na recuperação, e as medidas preventivas evitam o contágio. O diagnóstico precoce, o atendimento veterinário imediato e o suporte adequado permitem que muitos cães se recuperem. No entanto, proteger seu animal exige manter a vacinação em dia e adotar cuidados rigorosos com a higiene do ambiente. Observe os sinais da doença e busque orientação profissional ao menor indício. O cuidado e a prevenção garantem a saúde e o bem-estar do seu amigo de quatro patas.

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