Doença Renal Cronica em Gatos

A doença renal crônica (DRC) em gatos é uma condição progressiva e irreversível que afeta os rins, comprometendo sua capacidade de filtrar adequadamente os resíduos e toxinas do sangue. Essa doença é uma das condições mais comuns em gatos, especialmente em animais idosos.

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Os gatos são mais predispostos à doença renal crônica (DRC) devido a uma combinação de fatores anatômicos, metabólicos e comportamentais que influenciam a saúde renal ao longo de sua vida. Aqui estão as principais razões para essa predisposição:

  • Número reduzido de néfrons funcionais: Gatos possuem menos néfrons (unidades funcionais dos rins) do que outros animais de tamanho semelhante. Isso significa que qualquer perda funcional pode ter um impacto mais significativo.
  • Capacidade limitada de regeneração: Os rins dos gatos têm pouca ou nenhuma capacidade de regenerar tecido renal perdido ou danificado, o que contribui para a progressão da DRC.
  • Baixa ingestão natural de água: Os gatos são descendentes de animais do deserto e têm um instinto natural de beber pouca água, pois sua evolução os adaptou a obter líquidos principalmente dos alimentos. Essa característica pode levar à desidratação crônica, que prejudica os rins.
  • Dieta seca predominante: Muitos gatos são alimentados com ração seca, que contém menos de 10% de umidade, agravando a tendência à desidratação.
  • Idade avançada: A DRC é mais comum em gatos idosos, pois a função renal declina naturalmente com o tempo. A maioria dos gatos diagnosticados tem mais de 7 anos.
  • Doenças hereditárias: Algumas raças, como o Persa e o Maine Coon, têm maior predisposição a doenças renais congênitas, como a doença renal policística.

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As causas exatas da DRC podem variar, mas incluem:

  • Idade avançada (frequente em gatos com mais de 7 anos);
  • Doenças pré-existentes como infecções renais, cálculos urinários ou glomerulonefrite;
  • Fatores genéticos (como em raças como Persa e Maine Coon);
  • Toxinas (como ingestão de plantas tóxicas ou substâncias químicas);
  • Doenças crônicas não tratadas como hipertensão arterial ou diabetes.

Sinais Clínicos

Os sintomas aparecem gradualmente, à medida que a função renal diminui. Os mais comuns incluem: Insuficiência renal em cães e gatos | Dr. Zoo e Cia - Dr. Zoo e Cia

  1. Aumento do consumo de água (polidipsia);
  2. Aumento da micção (poliúria);
  3. Perda de apetite;
  4. Perda de peso;
  5. Vômitos e diarreia;
  6. Letargia e fraqueza;
  7. Pelo opaco e sem brilho;
  8. Mau hálito (hálito com odor amoniacal);
  9. Úlceras orais (em casos graves).

Diagnóstico

O diagnóstico é baseado em exames clínicos e laboratoriais, como:

  • Exame de sangue:
    • Níveis elevados de ureia e creatinina: Quando temos um aumento desses metabolitos, significa que o rim já perdeu cerca de 75% da sua funcionalidade.
    • Alterações no fósforo e cálcio;
    • SDMA: marcador que ajuda identificar a insuficiencia renal de forma precoce.
    • Cistatina C:  Uma proteína filtrada exclusivamente pelos rins.
  • Exame de urina:
    • Urinalise: densidade urinária baixa, presença de proteínas ou sangue;
    • RUPC (Relação proteina/creatinina urinaria: Avalia a presença de proteínas na urina em relação à creatinina.
  • Ultrassonografia abdominal: pode mostrar alterações no tamanho ou textura dos rins;
  • Medição da pressão arterial: para detectar hipertensão associada.

Esses exames possibilitam o medico veterinário tambem estadiar a doença renal, podendo compreender a fase e o prognostico do animal perante a doença. A doença se caracteriza em 4 estágios progressivos.

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A DRC não tem cura, mas é possível gerenciá-la para melhorar a qualidade de vida do gato. O tratamento pode incluir:

  1. Dieta renal: alimentos com baixo teor de fósforo e proteína de alta qualidade ajudam a reduzir a carga sobre os rins.
  2. Hidratação: incentivar o consumo de água por meio de alimentação pastosa/liquida (saches, papinhas proprias). Em casos graves, com agudização da doença, sera necessario administrar fluidos subcutâneos e/ou intravenosos.
  3. Suplementos: como quelantes de fósforo, vitamina B e ácidos graxos ômega-3.
  4. Medicamentos: para controlar hipertensão, anemia, náuseas e vômitos.
  5. Monitoramento regular: exames frequentes para acompanhar a progressão da doença.

O estadiamento da DRC ajuda a direcionar o manejo clínico:

  • Estágio 1-2: Intervenção precoce (dieta renal, controle de pressão arterial e monitoramento).
  • Estágio 3: Controle rigoroso para minimizar os sintomas e retardar a progressão.
  • Estágio 4: Cuidados paliativos, com foco na qualidade de vida do gato.

Prognóstico

O prognóstico depende da fase em que a DRC é diagnosticada e de quão bem o tratamento é seguido. Embora não seja possível interromper a progressão da doença, muitos gatos podem viver por anos com boa qualidade de vida quando tratados corretamente.

 

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