VACINAÇÃO DOS GATOS

Vacinação de Gatos: Proteção Essencial para a Saúde Felina

 

 

       A vacinação dos gatos é uma etapa extremamente fundamental para proteger esses animais contra diversas doenças infecciosas graves, muitas das quais apresentam um potencial elevado de serem fatais. Da mesma forma que ocorre com os cães, o manejo vacinal adequado em gatos se torna absolutamente indispensável não apenas para garantir a saúde individual de cada animal, mas também para contribuir significativamente para o controle eficaz de doenças na população felina como um todo.

Vacinas para gatos são muito importantes para garantir o bem estar da família

Por que vacinar os gatos?

        Os gatos estão suscetíveis a várias doenças virais e bacterianas que podem ser transmitidas de outros animais ou pelo ambiente. A vacinação é uma forma eficaz de prevenir essas doenças, fortalecendo o sistema imunológico e reduzindo a gravidade ou a ocorrência de infecções.

Principais vacinas para gatos

         As vacinas em gatos são classificadas em dois tipos:

  • Vacinas essenciais (core): Recomendadas para todos os gatos, independentemente de estilo de vida ou ambiente.
    • Tríplice felina (V3): Protege contra panleucopenia felina, rinotraqueíte viral e calicivirose.
    • Antirrábica: Proteção contra a raiva, uma zoonose fatal e de importância em saúde pública.
  • Vacinas não essenciais (non-core): Indicadas com base no risco individual de exposição.
    • Quádrupla ou quíntupla felina (V4 ou V5): Inclui proteção adicional contra clamidiose e leucemia viral felina (FeLV).
    • Bordetella bronchiseptica: Indicada em casos específicos, como gatos em ambientes com alta densidade populacional.

Esquema vacinal para gatos

      O protocolo vacinal pode variar de acordo com a idade e o histórico do animal, mas geralmente segue estas diretrizes:

  • Filhotes:
    • Primeira dose da vacina tríplice (V3 ou V4) entre 6 e 8 semanas de idade.

      Como aplicar vacina em gatos - LOCAIS CORRETOS e erros comuns
      As vacinas são aplicadas em locais específicos do corpo, seguindo recomendações internacionais para facilitar o manejo e a identificação de possíveis reações adversas, como os raros casos de sarcoma no local de aplicação.
    • Reforços a cada 3-4 semanas até os 16 semanas de idade.
    • Vacina antirrábica a partir de 12 semanas.
  • Adultos não vacinados:
    • Duas doses iniciais da vacina tríplice com intervalo de 3-4 semanas.
    • Uma dose da antirrábica.
  • Reforços:
    • Reforço anual ou trienal, dependendo da vacina e do risco de exposição.
  •  Esquema da vacina contra Bordetella
    • Primeira dose: A partir de 4 semanas de idade.
    • Reforços: Geralmente anuais, mas o intervalo pode variar dependendo do risco de exposição e das recomendações do fabricante ou do veterinário.

Vacinação de gatos de vida indoor

          Mesmo os gatos que vivem exclusivamente dentro de casa devem ser devidamente vacinados, pois a proteção contra doenças é fundamental em qualquer circunstância. Doenças como a rinotraqueíte viral e a calicivirose, por exemplo, são extremamente contagiosas e apresentam um alto risco de contaminação. Além disso, essas enfermidades podem ser facilmente introduzidas no ambiente doméstico por meio de fatores externos, como roupas, sapatos ou mesmo outros animais que tiveram contato com o vírus em locais contaminados. Por isso, a vacinação é uma medida indispensável para prevenir essas situações, garantindo a segurança e o bem-estar do gato.

Considerações sobre a vacinação de gatos

  • Leucemia viral felina (FeLV): Essa vacina é particularmente importante para gatos que têm acesso à rua ou convivem com outros gatos cuja condição de saúde é desconhecida. Antes de vacinar, recomenda-se realizar um teste para confirmar se o animal não está infectado.
  • Reações adversas: Embora raras, reações adversas podem ocorrer. É importante monitorar o gato após a vacinação e comunicar qualquer alteração ao veterinário.
  • Titulação de anticorpos: Assim como  em cães, a titulação pode ser utilizada para verificar se o gato já possui imunidade adequada antes de revacinações.

O que é FeLV?

  • Transmissão: A FeLV é transmitida principalmente por meio de saliva, secreções nasais, mordidas, lambeduras e compartilhamento de recipientes de água e comida. A transmissão também pode ocorrer da mãe para os filhotes durante a gestação ou amamentação.
  • Impacto na saúde: Após a infecção, o vírus pode permanecer no organismo do gato de forma transitória, latente ou persistente. Gatos infectados cronicamente podem desenvolver imunossupressão, anemia grave e linfoma.
  • Filhotes:
    • Primeira dose: A partir de 8-9 semanas de idade.
    • Segunda dose: 3-4 semanas após a primeira.
    • Terceira dose (se necessário): Em filhotes jovens, pode ser recomendada mais uma dose após 16 semanas de idade para reforçar a imunidade.
  • Adultos:
    • Se nunca vacinados, duas doses com intervalo de 3-4 semanas.
    • Se já vacinados previamente, um reforço anual.
  • Reforços:
    • Para gatos com exposição frequente a outros felinos ou ao ambiente externo, o reforço anual é essencial.
    • Gatos de baixo risco podem ter o intervalo entre reforços estendido, conforme orientação veterinária.

Doenças Virais em Gatos Sem Vacinas Disponíveis

    Embora a vacinação seja uma ferramenta fundamental na prevenção de diversas doenças felinas, existem algumas enfermidades virais importantes que ainda não contam com vacinas disponíveis eficazes. Entre essas doenças destacam-se a FIV (Imunodeficiência Viral Felina) e a PIF (Peritonite Infecciosa Felina). Ambas são sérias, apresentam alta taxa de mortalidade e demandam atenção especial para prevenção, já que o controle depende principalmente de medidas de manejo e conscientização.

Como não existem vacinas eficazes contra FIV e PIF, a prevenção depende inteiramente de boas práticas de manejo e controle:

  • Ambiente seguro: Manter os gatos dentro de casa ou em locais protegidos é a melhor forma de evitar o contato com outros felinos potencialmente infectados.
  • Cuidado com novas introduções: Realizar testes de FIV e outras doenças antes de introduzir novos gatos em um lar.
  • Higiene rigorosa: Limpeza frequente de caixas de areia, comedouros e bebedouros é essencial, especialmente em locais com múltiplos gatos.
  • Monitoramento de saúde: Consultas veterinárias regulares ajudam a identificar precocemente sinais de doenças e a tomar medidas adequadas.

      A vacinação é, sem dúvida, uma ferramenta absolutamente indispensável para garantir tanto a saúde quanto o bem-estar dos gatos. Dessa forma, seguir um protocolo vacinal adequado, sempre sob a orientação de um veterinário de confiança, torna-se essencial para proteger o animal contra diversas doenças graves, independentemente de ele ter acesso à rua ou viver exclusivamente dentro de casa. Além disso, é importante destacar que vacinar os gatos não apenas protege a saúde individual deles, mas também contribui significativamente para a saúde coletiva, ajudando a prevenir a disseminação de doenças no ambiente e entre outros animais que possam entrar em contato direto ou indireto com eles.

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